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Toxoplasmose congênita: diagnóstico e tratamento
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Infecção pode ser detectada ainda durante a vida intrauterina ou mesmo anos após o nascimento do bebê

A toxoplasmose congênita ocorre quando um bebê é infectado pelo parasita Toxoplasma gondii ainda no útero materno. Esse parasita é um protozoário presente em fezes de gatos, que pode se hospedar em humanos e causar infecções, se houver contato com água ou alimentos contaminados. Essa é uma das doenças transmitidas por animais mais comuns.

Uma mulher grávida infectada pode transmitir a infecção para o bebê através da placenta, resultando na toxoplasmose congênita. Por isso, precauções adicionais devem ser tomadas para evitar a exposição ao Toxoplasma gondii no período gestacional.

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Riscos da toxoplasmose congênita

A toxoplasmose congênita consiste na infecção do bebê pelo parasita Toxoplasma gondii quando ele ainda está no útero materno. Mulheres que contraem a infecção na fase avançada da gravidez têm maior probabilidade de transmiti-la ao feto. No entanto, quando a infecção ocorre nas fases iniciais da gestação, os fetos tendem a desenvolver doenças mais severas.

As complicações neurológicas compõem os principais riscos da toxoplasmose congênita. O parasita pode lesionar o sistema nervoso central do feto, desenvolvendo microcefalia, convulsões, retardo mental, problemas de aprendizado e déficits motores.

Também existem riscos de complicações oculares, como inflamação da retina, condição que pode levar a graves consequências, como a diminuição da visão ou a cegueira. Além disso, a doença pode provocar aborto espontâneo, nascimento prematuro e morte fetal intrauterina.

Sintomas da toxoplasmose congênita

De maneira geral, recém-nascidos com toxoplasmose congênita não manifestam sinais clínicos evidentes imediatamente após o nascimento. No entanto, exames específicos são capazes de apontar alterações visuais e neurológicas.

Quando os bebês manifestam sintomas no período neonatal ou nos primeiros meses de vida, é um sinal de formas mais graves da doença. Os sintomas costumam ser:

  • Acometimento visual em graus variados;
  • Problemas mentais;
  • Alterações motoras;
  • Perda auditiva.

Diagnóstico da toxoplasmose congênita

Para diagnosticar a toxoplasmose congênita, o médico pode realizar uma amniocentese, um procedimento no qual uma amostra do líquido amniótico que envolve o feto é coletada. Esta amostra é então testada para a presença de anticorpos e material genético (DNA) do parasita Toxoplasma gondii. A amniocentese é geralmente realizada após a 14ª semana de gestação.

Em alguns casos, a infecção pode ser detectada durante exames de rotina em recém-nascidos que parecem saudáveis usando uma amostra de sangue seco. Se houver suspeita de infecção, os médicos realizam testes no sangue e no líquido cefalorraquidiano, líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal, através de uma punção lombar.

Exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, são utilizados para detectar possíveis anormalidades associadas à doença. Além disso, é realizado um exame oftalmológico completo por um oftalmologista para avaliar a saúde ocular, assim como testes de audição para verificar a função auditiva do bebê.

Tratamento da toxoplasmose congênita

Pirimetamina e sulfonamidas podem ser tomadas ainda na gravidez, caso o feto esteja infectado. Nos casos dos recém-nascidos, o tratamento da toxoplasmose congênita envolve o uso de medicamentos para combater o parasita, mais frequentemente pirimetamina em combinação com sulfadiazina.

O monitoramento do desenvolvimento do bebê e da resposta ao tratamento também é fundamental. Além de realizar exames periódicos de acompanhamento, o médico também trata complicações da infecção, como nas situações em que o bebê apresenta problemas oftalmológicos.

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Prevenção da toxoplasmose congênita

A toxoplasmose congênita é consequência da transmissão de mãe para filho durante a gestação. Portanto, a principal medida de prevenção da infecção é a manutenção de boas práticas de higiene pessoal e alimentar, visto que não existe vacina para prevenir a infecção.

A gestante pode se infectar ao ingerir alimentos ou água contaminados com o parasita ou ao manipular terra ou areia contaminadas por fezes de gatos, que são o hospedeiro desse parasita. Alguns cuidados para evitar a toxoplasmose congênita, principalmente nos casos de mulheres grávidas, são:

  • Evitar contato com caixas de areia para gatos e outras áreas onde suas fezes possam estar presentes;
  • Se for necessário lidar com áreas com presença das fezes, é recomendável usar luvas durante a manipulação e lavar cuidadosamente as mãos depois;
  • A caixa de dejetos dos gatos deve ser renovada e colocada ao sol com frequência;
  • Comida deve ser muito bem cozida antes de ser consumida;
  • Evitar água não tratada;
  • Frutas e legumes devem ser lavados corretamente ou descascados;
  • Após a preparação de alimentos, é importante lavar as mãos imediatamente.

Mulheres em risco de infecção primária, como aquelas frequentemente expostas a fezes de gatos, devem ser avaliadas durante a gravidez. Gestantes que contraíram a infecção no primeiro ou no segundo trimestre gestacional devem ser orientadas quanto aos tratamentos disponíveis.

Prognóstico da toxoplasmose congênita

Algumas crianças podem desenvolver uma infecção grave e falecer precocemente, enquanto outras sobrevivem, mas enfrentam problemas neurológicos de longo prazo. Diagnosticar a infecção e iniciar o tratamento imediato aumenta as chances de reduzir os danos causados pela toxoplasmose congênita.

No geral, sequelas tardias acontecem de forma mais recorrente em casos de toxoplasmose congênita não tratadas, podendo se manifestar até mesmo na adolescência ou na idade adulta em pessoas não diagnosticadas anteriormente. Alguns dos problemas neurológicos frequentes são deficiência intelectual, surdez e convulsões.

Entre em contato e marque sua consulta com o Dr. Marcello Jardim, médico especializado em infecção urinária e infecções sexualmente transmissíveis.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Pediatria

Ministério da Saúde

Manual MSD