Exame é capaz de identificar presença do vírus no organismo
O teste de HIV é um exame realizado para detectar o vírus da imunodeficiência humana no organismo. Assim, em caso de resultado positivo, é possível encaminhar o paciente para o tratamento mais adequado.
De modo geral, quanto antes for realizado o teste de HIV, melhores as chances de o paciente ter qualidade de vida após o diagnóstico, caso se confirme o diagnóstico. Entenda melhor no conteúdo a seguir.
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O que é HIV?
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. O vírus, que faz parte da classe dos retrovírus, ataca o sistema imunológico — especialmente as células T auxiliares CD4+, macrófagos e dendríticas. Isso faz com que, com o passar do tempo, a pessoa desenvolva uma condição chamada síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
O HIV pode ser encontrado em diversos fluidos do organismo, como o sêmen, pré-ejaculatório, lubrificação vaginal, leite materno e sangue. A alta presença do HIV em fluidos dos órgãos sexuais faz dele uma das infecções sexualmente transmissíveis.
Além disso, o HIV pode ser transmitido através do contato com sangue contaminado e por via vertical, ou seja, da mulher para o feto durante a gravidez.
Quais são os sintomas de HIV?
A presença do HIV no organismo pode causar manifestações diferentes de acordo com a fase de contaminação. Por alguns períodos, é assintomática, sendo a primeira possível manifestação ocorrendo entre duas e quatro semanas após a transmissão.
Nesse período, chamado de síndrome retroviral aguda, o vírus começa a se multiplicar com muita intensidade, sendo comuns sintomas do HIV como febre, dor no corpo, inchaço dos gânglios, sudorese noturna e manchas na pele. Por serem sintomas inespecíficos, comuns a diversas doenças, muitas vezes passam despercebidos ou são diagnosticados como outras viroses.
Após a fase aguda, que passa após cerca de duas semanas, a infecção entra em um período crônico que quase sempre é assintomático. Com o passar dos anos, o comprometimento do sistema imunológico faz com que o organismo sofra com diversas condições, consideradas oportunistas, como:
- Herpes simples e herpes zóster;
- Pneumonias e outras doenças respiratórias;
- Infecções do sistema nervoso central;
- Alterações intestinais e perda de peso, entre outras doenças.
Nessa fase, em que o sistema imunológico já está muito fraco, considera-se instalada a Aids.
Teste de HIV: como é feito o diagnóstico?
O teste de HIV é o nome dado aos exames que podem ser feitos para detectar a presença do vírus no organismo. De forma geral, existem dois tipos principais de testes de HIV: o teste rápido e os exames laboratoriais.
Nos exames laboratoriais, são analisados sinais como a presença de anticorpos ou do RNA viral no sangue. Esses sinais também podem ser identificados nos testes de HIV rápidos, que podem ser realizados com uma gota de sangue ou saliva.
Se os resultados apontarem a presença do HIV no organismo, podem ser realizados outros testes para identificar a carga viral e, a partir disso, encaminhar o paciente para o tratamento mais adequado de acordo com o momento da infecção.
Quem deve fazer o teste rápido de HIV?
O teste rápido é, na grande maioria dos casos, o primeiro teste de HIV realizado por uma pessoa. É recomendado para pessoas que passaram por uma situação em que há suspeita de contaminação, como uma relação sexual desprotegida ou contato com fluidos possivelmente contaminados.
Essas pessoas devem procurar uma unidade de saúde para realizar o teste de HIV, que, do tipo rápido, costuma ter os resultados nos primeiros trinta minutos após a coleta do material.
O teste de HIV também deve ser feito por pessoas que desejam iniciar a profilaxia pré-exposição (PrEP), um conjunto de medicamentos com a finalidade de prevenir a infecção pelo vírus.
Qual a importância de realizar o teste de HIV em caso de suspeita?
A detecção precoce do vírus nos testes de HIV é fundamental por dois motivos:
- Uma vez diagnosticada a presença do vírus, quanto mais cedo o tratamento iniciar, maiores as chances de controlar sua multiplicação e promover qualidade de vida;
- Conhecendo sua sorologia, o indivíduo toma precauções para evitar a transmissão do HIV para outras pessoas.
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HIV tem cura?
O HIV não tem cura. No entanto, com os protocolos de tratamento disponíveis, é possível controlar a multiplicação do vírus e fazer com que a carga viral fique tão baixa a ponto de ser considerada indetectável (inferior a 40 mil cópias por ml de sangue).
Com essa carga viral, o indivíduo, além de ter boa qualidade de vida — desde que se atente a outros cuidados com a saúde —, não é capaz de transmitir o vírus para outras pessoas.
Como é feito o tratamento?
Após o teste de HIV, o paciente deve ser imediatamente encaminhado para o tratamento, que deve ser indicado por um médico infectologista. O principal método de tratamento é a administração de medicamentos antirretrovirais, que devem ser tomados todos os dias de acordo com a orientação do médico.
De tempos em tempos, podem ser necessárias alterações na dosagem dos medicamentos. Além disso, é importante que o paciente faça, constantemente, rastreamento da saúde geral. Com o tratamento feito adequadamente, é possível levar uma vida completamente normal.
Onde fazer o teste de HIV?
O teste de HIV deve ser feito em unidades de saúde ou laboratórios especializados nesse tipo de exame. É recomendável que todo o processo de realização dos exames, bem como para identificação de outras infecções sexualmente transmissíveis, seja acompanhado por um médico infectologista.
O Dr. Marcello Jardim é médico infectologista e acompanha pacientes em diversos tipos de tratamento, como contra o HIV. Para saber mais, entre em contato e agende uma consulta.
Fontes:
Unaids (Joint United Nations Programme on HIV and AIDS) Brasil