Os sintomas do HIV em mulheres diferem um pouco dos apresentados em homens.
Nos últimos anos, no Brasil, o perfil das pessoas contaminadas com HIV tem sofrido modificações, principalmente em relação ao aumento de casos do sexo feminino. Embora os homens ainda sejam os mais afetados, a incidência de casos entre as mulheres cresceu de 4,08 para 10,69 casos por 100 mil habitantes entre 2010 e 2020, sendo a faixa etária entre 25 e 34 anos a mais afetada (dados do The Brazilian Journal of Infectious Diseases). Isso acontece porque, biologicamente, as mulheres têm mais chances de infecção durante relações sexuais desprotegidas.
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O que é o HIV?
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que ataca o sistema imunológico do corpo, que defende o organismo contra infecções. Quando não tratado adequadamente, o HIV pode levar à Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Quais são os primeiros sintomas de HIV?
Muitas vezes, os primeiros sintomas do HIV acabam sendo confundidos com outras condições comuns, como gripes ou viroses. Eles geralmente surgem de duas a quatro semanas depois da infecção e resultam em febre, mal-estar, cansaço, dor de cabeça e inchaço dos gânglios linfáticos. Em alguns casos, o HIV pode ser assintomático nessa fase inicial, ou seja, pode nem apresentar sintomas claros.
Quais são os sintomas de HIV em mulheres?
Existem os sintomas comuns entre ambos os sexos e os sintomas do HIV em mulheres. Confira agora quais são.
Sintomas em ambos os sexos
Os sintomas que podem acontecer independentemente do sexo são:
- Febre e calafrios;
- Suores noturnos;
- Dores no corpo;
- Gânglios no pescoço, axila e virilha inchados;
- Erupções na pele;
- Dor de garganta;
- Perda significativa de peso;
- Sintomas gastrointestinais, como diarreia, náuseas e vômitos;
- Infecções oportunistas, como pneumonia, tuberculose e meningite.
Sintomas do HIV em mulheres
Agora, falaremos de forma mais específica sobre os sintomas do HIV em mulheres.
Infecções fúngicas
Um dos sintomas do HIV em mulheres é o desenvolvimento de infecções fúngicas, especialmente candidíase vaginal, que acontece porque o sistema imunológico enfraquecido facilita o crescimento descontrolado de fungos, resultando em sintomas como coceira, dor e corrimento vaginal.
Alterações no ciclo menstrual
Outro dos sintomas do HIV em mulheres é o impacto na produção hormonal, levando a irregularidades no ciclo menstrual. As mulheres infectadas podem apresentar ciclos mais longos ou curtos, sangramentos mais intensos ou até mesmo a ausência completa da menstruação (amenorreia).
Maior risco de infecções pelo HPV
Também devido à fragilidade do sistema imunológico, um dos sintomas do HIV em mulheres é a maior propensão a desenvolver infecções pelo HPV (vírus do papiloma humano). Isso aumenta o risco de lesões precursoras do câncer cervical, uma complicação grave da condição.
Transmissão vertical
A transmissão vertical não é exatamente um sintoma, mas vale mencioná-la; o vírus pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação. Sem tratamento adequado, existem grandes chances de a criança nascer infectada, enfatizando ainda mais a importância da prevenção.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do HIV em mulheres é idêntico ao dos homens. É feito através de exames de sangue, como sorologias e testes laboratoriais específicos, que detectam a presença do vírus no organismo e os anticorpos que o corpo gera em resposta a essa infecção.
Assim como nos homens, os sintomas do HIV em mulheres podem acabar sendo confundidos com outras condições ou até mesmo não se manifestarem nas fases iniciais da doença. Sendo assim, a única forma de saber com certeza se alguém se infectou é com os exames.
Como é o tratamento?
O tratamento do HIV feminino ou masculino, como já mencionamos, é feito com o uso de antirretrovirais, que têm o objetivo de controlar a replicação do vírus no corpo e manter a imunidade do paciente. Existem diferentes tipos de medicamentos antirretrovirais, e a escolha do tratamento depende da condição específica de cada pessoa.
Além dos antirretrovirais, em casos de infecções que acontecem por causa do HIV, como pneumonias ou tuberculose, também são prescritos antibióticos e outros tratamentos complementares.
Entre em contato e marque sua consulta com o Dr. Marcello Jardim, médico especializado em infecção urinária, HIV, sífilis, hepatites virais, doenças sexualmente transmissíveis.
Fonte:
The Brazilian Journal of Infectious Diseases