Saiba o que é, como tratá-la e, principalmente, como evitá-la
Quando uma pessoa apresenta dois ou mais episódios de infecção urinária em um período de seis meses, ou três ou mais infecções em um ano, dizemos que ela tem um quadro de infecção urinária de repetição.
O problema é mais comum em mulheres, pois a uretra (canal que leva a urina da bexiga para fora do corpo) feminina é mais curta do que a do homem, o que deixa a vagina mais próxima do ânus, onde estão presentes as bactérias que podem causar a doença.
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Os sintomas mais comuns da infecção urinária de repetição são:
- Dor ou ardência ao urinar;
- Necessidade de urinar com mais frequência;
- Dor na parte de baixo do abdômen;
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
- Febre;
- Cheiro forte na urina;
- Dores na região lombar;
- Presença de sangue na urina.
Causas da infecção urinária de repetição
Existem três tipos de infecção urinária: a cistite, que afeta a bexiga; a uretrite, que afeta a uretra; e a pielonefrite, que acomete os rins. A que mais leva aos quadros de infecção urinária de repetição é a cistite.
Na grande maioria das vezes, ela é causada por uma bactéria, a Escherichia coli, que está presente, normalmente, nas fezes. Quando a higiene da região íntima feminina não é feita de maneira adequada, essa bactéria migra do ânus para a vagina e da vagina para a bexiga.
Outras causas relacionadas à infecção urinária de repetição são:
- Diabetes;
- Uso de ducha vaginal;
- Histórico familiar de infecção urinária de repetição;
- Doenças crônicas, como lúpus;
- Uso de espermicidas;
- Alterações hormonais;
- Aumento da frequência sexual;
- Incontinência urinária;
- Maus hábitos de higiene ao evacuar (a região deve ser limpa da frente para trás, ou seja, da vagina em direção ao ânus);
- Excesso de higiene íntima;
- Menopausa;
- Gravidez.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da infecção urinária de repetição é feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente e no seu histórico clínico, seguido de exame de urina, que vai confirmar a presença da infecção e identificar qual a bactéria que a está causando.
Caso o médico julgue necessário, poderá solicitar uma ultrassonografia ou tomografia computadorizada para identificar possíveis anomalias anatômicas do trato urinário ou outras doenças na região.
A cistoscopia, exame que avalia a bexiga para identificar a presença de alguma alteração que pode ser responsável pelas infecções urinárias de repetição, também pode ser pedida.
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Como tratar a infecção urinária de repetição?
A infecção urinária de repetição é tratada com o uso de antibióticos e anti-inflamatórios, além de analgésicos para reduzir a dor e o desconforto.
Dicas para prevenir as infecções urinárias
Existem algumas mudanças de hábitos que podem ser eficientes para prevenir as infecções urinárias. As principais são:
- Manter-se bem hidratado, pois isso ajuda a deixar a urina mais diluída, além de aumentar a frequência das idas ao banheiro, o que contribui para eliminar as bactérias do trato urinário;
- Não segurar a urina por muito tempo, pois isso facilita a proliferação de bactérias;
- Evitar usar roupas muito justas;
- Usar o papel higiênico de frente para trás;
- Evitar higiene íntima excessiva;
- Evitar banhos de banheira, pois a água da banheira é tomada rapidamente por bactérias da região do períneo;
- Evitar o uso de duchas vaginais;
- Não usar produtos químicos, como perfumes, talcos e desodorantes, na região íntima, pois eles podem provocar irritação, o que facilita a aderência de bactérias;
- Trocar o absorvente íntimo com frequência;
- Urinar depois das relações sexuais. Esse hábito ajuda a empurrar as bactérias para fora;
- De preferência, usar roupas íntimas de algodão ou tecidos leves, pois isso evita que a região fique úmida, o que facilita a proliferação de bactérias;
- Não utilizar medicamentos antibióticos sem recomendação médica, pois isso pode alterar a composição normal da flora bacteriana vaginal, facilitando infecções urinárias.
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As infecções urinárias de repetição podem, em alguns casos, depois de avaliação médica, ser tratadas de maneira profilática, ou seja, para evitar que se desenvolvam novamente.
Essa medida é feita com o uso prolongado — e em doses menores — de antibióticos quando a pessoa não estiver com a infecção ativa. Em geral, os médicos tratam a infecção e solicitam um exame de cultura da urina uma ou duas semanas depois do fim do tratamento para comprovar a cura. Se o exame tiver resultado negativo, inicia-se a profilaxia.
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Fontes: