Saiba o que é essa doença, como é transmitida, como se prevenir e tratar
Introdução
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Trata-se de uma doença grave se não tratada adequadamente, que pode levar à morte.
Transmissão da sífilis
A transmissão da sífilis ocorre majoritariamente por relação sexual, seja ela anal, oral ou vaginal, sem proteção (uso de camisinha), com pessoa infectada. A bactéria penetra no organismo através das membranas mucosas, como as da boca ou da vagina, ou também através da pele, no contato com uma ferida contaminada.
Além disso, ela pode ser transmitida por transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado) ou pela mãe doente ao bebê durante a gestação ou no parto (sífilis congênita).
A sífilis congênita pode causar malformação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida até os dois anos do bebê, sendo os principais: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental, perda de apetite ou de energia, anemia, perda da audição e cegueira.
O uso correto e regular da camisinha é a principal medida de prevenção da sífilis. Além disso, é recomendado que as mulheres que desejam engravidar realizem teste para diagnóstico da doença e que se evitem comportamentos de risco, como manter relações sexuais com múltiplos parceiros ou com pessoas que tenham vários parceiros.
Agende agora mesmo sua consulta com o Dr. Marcello Jardim
Estágios da sífilis
A sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). É nos estágios primário e secundário que ela é mais transmissível, pois os sinais que indicam a possível presença da bactéria no organismo desaparecem depois de algumas semanas, o que dá uma falsa impressão de cura.
Sífilis primária: o primeiro sinal que pode indicar a presença da bactéria no organismo é a formação de uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele). Ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Desaparece sozinha após algumas semanas, mesmo sem tratamento.
Sífilis secundária: depois de seis semanas a seis meses do aparecimento da ferida inicial, começam a surgir outros sintomas, como manchas no corpo, que geralmente não coçam; febre; mal-estar; dor de cabeça e ínguas pelo corpo. Essas manchas podem surgir com mais frequência nas palmas das mãos ou nas solas dos pés e também desaparecem em algumas semanas, mesmo não sendo tratadas. Se a ferida se desenvolver no couro cabeludo, o cabelo pode cair aos tufos.
Sífilis latente: é a fase em que a doença não apresenta sintomas, ou seja, fica inativa. Porém, a bactéria continua presente no organismo e os testes para sífilis são positivos. Em geral, ela não é contagiosa durante esse estágio. Mas, ocasionalmente, podem surgir ulcerações na pele ou nas membranas mucosas no início do estágio latente. O contato com essas feridas pode transmitir a infecção.
Sífilis terciária: os sinais e sintomas podem surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção quando esta não foi tratada e se manifestar em forma de lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Em qualquer um desses estágios, a sífilis pode afetar os olhos, os ouvidos ou as articulações.
Entre os sintomas oculares, destacam-se: lacrimejamento, visão embaçada, dor ocular, sensibilidade à luz, perda da visão e nistagmo (movimento espasmódico dos olhos em uma direção, alternando com um retorno mais lento para a posição original).
Quando os ouvidos são afetados, o indivíduo pode apresentar zumbido, perda de audição e vertigens.
Já as articulações podem ficar inchadas, o que limita os movimentos. Esse quadro é chamado artropatia neurogênica (articulações de Charcot).
Diagnóstico da sífilis
Nas fases primária e secundária da sífilis, o diagnóstico pode ser confirmado por um exame de sangue ou por uma amostra de material retirado das lesões, que vai identificar a presença da bactéria no organismo.
Na sífilis terciária, é necessário realizar um exame para avaliar o líquido cefalorraquidiano. Ele aponta se o sistema nervoso foi ou não afetado pela bactéria.
Agende agora mesmo sua consulta com o Dr. Marcello Jardim
Tratamento da sífilis
A sífilis é uma doença grave que, se não tratada, pode levar a complicações graves e até à morte.
O tratamento de escolha é feito com a administração de antibióticos, geralmente aplicados por via intramuscular — sendo principal deles a penicilina —, e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença. Parceiros das pessoas contaminadas também devem ser tratados.
Para os estágios primário, secundário e latente da sífilis, em geral, uma dose de penicilina de longa duração é suficiente para curar a doença. Para o estágio terciário, são administradas três doses, com intervalo de uma semana entre elas.
Se a sífilis afetar os olhos, ouvidos ou o cérebro, a penicilina pode ser dada por via intravenosa a cada 4 horas durante 10 a 14 dias. Então, outra apresentação de penicilina é administrada por injeção intramuscular uma vez por semana por até três semanas.
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a mesma medicação, pois é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê.
A sífilis é uma doença curável, mas que pode se manifestar mais de uma vez, ou seja, ter a doença não significar ficar imune a ela. Por isso, é preciso seguir as recomendações de prevenção para evitar uma nova contaminação.
Infectologista para o tratamento da sífilis
Sem o tratamento adequado, a sífilis pode evoluir para complicações graves, por isso, é importante procurar um infectologista caso a pessoa desconfie que pode estar com a doença para fazer os exames necessários e iniciar o tratamento correto, se for o caso, prevenindo sequelas.
Além disso, o acompanhamento médico durante o tratamento é fundamental para que a resposta aos medicamentos possa ser avaliada, evitando-se assim o agravamento da doença.
Para saber mais sobre sífilis, marque uma consulta com o Dr. Marcello Jardim.
Agende agora mesmo sua consulta com o Dr. Marcello Jardim
Fontes