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Hepatites Virais (A, B e C)
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Conheça os sintomas mais comuns de cada tipo de hepatite e como elas podem ser transmitidas e tratadas

As hepatites virais são infecções que afetam o fígado. Elas podem ser agudas ou crônicas e se manifestar de maneira leve, moderada ou grave. Na maioria das vezes, o paciente não apresenta sintomas; porém, quando esses se manifestam, os mais comuns são: febre, cansaço, enjoo, mal-estar, tontura, dor no abdômen, entre outros.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda a hepatite D, que é mais comum na região Norte, e casos muito esporádicos de hepatite E.

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Saiba quais são as diferenças entre as hepatites virais A, B e C

Hepatite A

A hepatite viral do tipo A é uma inflamação aguda do fígado. Sua transmissão ocorre pela via fecal-oral (contato de fezes com a boca), ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou por meio de contatos pessoais próximos.

Na infância, geralmente ela é assintomática. Já nos adultos, os sinais mais comuns são febre, mal-estar, constipação, diarreia, dor no abdômen, fezes e urina escuras e olhos e pele amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

O diagnóstico se faz por meio de um exame de sangue que analisa a sorologia para o anticorpo anti-HAV IgM, que pode ser detectado de cinco a dez dias após a exposição ao vírus e permanece positivo, em média, quatro meses após o início dos sintomas.

Não há tratamento medicamentoso específico para a hepatite A. Podem ser prescritos medicamentos que ajudem a controlar os sintomas, além de acompanhamento para que sejam identificados precocemente possíveis sinais de gravidade, como hematomas, encefalopatia e redução da atividade de protrombina e da albumina. Após a infecção e evolução para a cura, os anticorpos produzidos impedem uma nova infecção, produzindo uma imunidade duradoura.

Os pacientes que têm hepatite viral do tipo A devem ser orientados quanto à abstinência alcoólica por, no mínimo, seis meses, a fazer uma dieta saudável, repouso relativo e tomar medidas de prevenção contra transmissão até dez dias após o início da icterícia, período em que há elevada eliminação viral nas fezes. Em geral, os sintomas melhoram em poucas semanas.

Entre as medidas de prevenção para evitar a contaminação pela hepatite A, está a vacinação, que, no Brasil, é recomendada para:

  • Crianças até cinco anos;
  • Alcoolistas;
  • Profissionais de saúde que trabalham com pediatria;
  • Trabalhadores do setor de água e esgoto, de creche e de laboratórios que tenham contato com sangue;
  • Hepatopatas;
  • Transplantados;
  • Homens que fazem sexo com homens;
  • Imunossuprimidos.

Outras medidas que devem ser tomadas incluem:

  • Lavar as mãos após o uso do sanitário, de trocar fraldas e antes do preparo de alimentos;
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximo a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienizar mãos, genitália, períneo e região anal antes e depois das relações sexuais.

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A hepatite viral do tipo A costuma ser benigna, embora complicações possam surgir. Uma delas é a hepatite fulminante, um quadro que se caracteriza pela necrose e morte das células hepáticas nas primeiras seis a oito semanas da infecção. Nesse caso, deve-se realizar um transplante hepático com urgência.

Hepatite B

A hepatite B pode se desenvolver de duas formas: aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. A crônica é quando a doença dura mais de seis meses.

As principais formas de transmissão são: de uma mãe portadora do vírus da hepatite B para seu bebê na gestação ou no parto, por contato sexual com uma pessoa infectada, por injeções ou feridas provocadas por material contaminado (alicate de unha) ou por tratamento com derivados de sangue contaminados.

O teste de triagem para hepatite B é realizado através da pesquisa do antígeno do HBV (HBsAg), que pode ser feita por meio de teste laboratorial ou teste rápido. Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico deve ser confirmado com a realização de exames complementares para a pesquisa de outros marcadores, que compreende a detecção direta da carga viral, por meio de um teste de biologia molecular que identifica a presença do DNA viral (HBV-DNA). A persistência do HBsAg por mais de seis meses indica que a hepatite B se tornou crônica.

A hepatite viral do tipo B, na maioria dos casos, não apresenta sintomas e, muitas vezes, é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal e pele e olhos amarelados, que costumam se manifestar em fases mais avançadas da doença.

A melhor forma de prevenir a hepatite viral do tipo B é com a vacinação. O imunizante está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Outras formas de reduzir as chances de contaminação são: evitando o contato com sangue infectado ou de quem se desconheça o estado de saúde, não partilhando objetos perfurocortantes nem instrumentos usados para a preparação de drogas injetáveis, e usar sempre preservativo nas relações sexuais. A realização de tatuagens, da colocação de piercings e de tratamentos com acupuntura só deve ser feita se os instrumentos utilizados estiverem adequadamente esterilizados.

A hepatite viral do tipo B não tem cura. O tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e de suas complicações — especificamente cirrose, câncer hepático e morte.

Hepatite C

A hepatite C pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo a segunda a mais comum. Aproximadamente 60% a 85% dos casos se tornam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo.

A transmissão pode ocorrer por diversas maneiras, como por meio do contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (como cachimbos); pela reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos; falta de esterilização de equipamentos de manicure; reutilização de material para realização de tatuagem; e durante a realização de procedimentos invasivos, como cirurgias e transfusão, nos quais não se obedeceu aos devidos cuidados de segurança. A transmissão por via sexual ou de mãe para filho é bastante incomum.

Geralmente, a hepatite viral do tipo C não causa sintomas; porém, quando esses existem, o paciente pode apresentar mal-estar, febre, dificuldades de concentração, perda de apetite, náusea, intolerância ao álcool, dores na região do fígado e icterícia.

Por quase não apresentar sintomas, a hepatite C é descoberta, na maioria das vezes, em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após teste rápido de rotina ou por doação de sangue. Se o teste de anti-HCV for positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA) para confirmar a infecção ativa pelo vírus. Após esses exames, o paciente poderá ser encaminhado para o tratamento, ofertado gratuitamente pelo SUS, com medicamentos capazes de curar a infecção e impedir a progressão da doença.

Na ausência de tratamento, a doença pode se tornar crônica — em 60% a 85% dos casos — ou evoluir para cirrose (20%).

Não existe vacina contra a hepatite C; por isso, deve-se evitar o contato com sangue contaminado, não partilhar escovas de dentes, lâminas, tesouras ou outros objetos de uso pessoal, nem seringas e outros instrumentos usados na preparação e consumo de drogas injetáveis e inaláveis. Outra medida preventiva importante é usar sempre preservativo em todas as relações sexuais, sejam elas anais, orais ou genitais.

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Infectologista para o tratamento das hepatites virais

O infectologista é o especialista que deve ser consultado quando há suspeita de quadros de hepatites virais. Nem sempre o diagnóstico é claro, pois alguns casos são assintomáticos ou, às vezes, os sintomas podem se assemelhar aos de uma gripe.

O infectologista realiza o tratamento de todas as hepatites virais e possui uma estratégia personalizada para cada uma delas, evitando que a doença progrida para casos graves.

Para saber mais sobre hepatites virais e seus tratamentos, marque uma consulta com o Dr. Marcello Jardim.

Fontes:

Ministério da Saúde

Fiocruz

Organização Mundial da Saúde