Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, a gonorreia é a segunda IST bacteriana mais comum
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) afetam mais de um milhão de pessoas por dia em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A gonorreia é uma das ISTs mais conhecidas e pode afetar igualmente homens e mulheres que mantêm relações sexuais desprotegidas com pessoas contaminadas pela doença. Além do contato sexual, a transmissão pode ocorrer entre a mãe e o bebê durante o parto.
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O que é a gonorreia?
A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, considerada a segunda IST bacteriana mais comum, afetando 1% a 2% da população mundial.
Em pessoas adultas, a gonorreia pode afetar a uretra, o colo do útero, o reto e a garganta, provocando sintomas desconfortáveis nessas regiões. Alguns casos podem ser assintomáticos, enquanto outros são mais graves e podem causar até mesmo infertilidade em homens e mulheres. Isso acontece quando a infecção danifica estruturas do sistema reprodutivo, como o colo do útero e a uretra.
Os recém-nascidos que entram em contato com a bactéria no momento do parto podem desenvolver infecção nos olhos e até perder a visão se a condição não for devidamente tratada.
A gonorreia mata?
A gonorreia em si não mata, mas pode trazer algumas complicações associadas que podem levar o paciente a óbito. Pessoas infectadas pela doença têm maior risco de desenvolver outras ISTs, como clamídia, sífilis e HIV, o que aumenta o risco de mortalidade.
Sintomas da gonorreia
A gonorreia costuma causar sintomas apenas nos locais por onde houve a transmissão. Embora mais difícil, a infecção pode percorrer a corrente sanguínea e afetar outras partes do corpo, causando dor e limitação de mobilidade nas articulações e manchas na pele. Esse quadro é chamado de infecção gonocócica disseminada.
Os sintomas variam de acordo com a região afetada, mas os mais comuns em homens são:
- Dor e ardência ao urinar;
- Eliminação de pus e secreção amarelo-esverdeada pelo pênis;
- Dor ou inchaço nos testículos;
- Inflamação na ponta do pênis (orifício da uretra).
Nas mulheres, a gonorreia pode provocar:
- Secreção vaginal amarelada ou esverdeada;
- Dor e ardência ao urinar;
- Necessidade frequente de urinar;
- Desconforto na região inferior do abdômen;
- Dor durante a relação sexual;
- Sangramento vaginal fora do período menstrual;
- Dor pélvica.
A gonorreia retal, transmitida por meio do sexo anal sem preservativo com uma pessoa infectada, pode causar ainda coceira, dor ao evacuar, secreção e sangramento pelo reto.
Por fim, a gonorreia oral, consequência de sexo oral desprotegido, pode gerar sintomas como dor de garganta, ínguas no pescoço, dificuldade para engolir e feridas na boca.
Diagnóstico da gonorreia
O diagnóstico da gonorreia é feito após uma anamnese detalhada para avaliar os sintomas apresentados, histórico de relações sexuais desprotegidas e exame físico.
Além disso, exames laboratoriais, como o PCR, feitos a partir da coleta da secreção da uretra do homem ou do colo do útero da mulher, podem detectar a presença da bactéria Neisseria gonorrhoeae e confirmar o diagnóstico de gonorreia.
Marque uma consulta com um infectologista para investigar a possibilidade de gonorreia.
Causas da gonorreia
Como vimos, a gonorreia é uma das ISTs mais comuns, então um indivíduo pode contrair a bactéria por meio de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada.
A transmissão da bactéria pode acontecer também de mãe para filho no momento do parto, quando o bebê passa pelo canal vaginal, já que a bactéria se prolifera em locais quentes e úmidos, como o canal da uretra.
Tratamento da gonorreia
A gonorreia pode ser curada quando o tratamento correto é orientado por um médico ginecologista, urologista ou infectologista. Para isso, são utilizados medicamentos antibióticos injetáveis ou orais para combater a bactéria causadora da condição.
A gonorreia deve ser tratada adequadamente para evitar complicações mais graves e alterações no sistema reprodutor que podem levar o paciente à infertilidade. Negligenciar a doença também aumenta o risco de o paciente adquirir outras ISTs, como o HIV.
Prevenção dessa condição
As medidas preventivas para evitar a transmissão da gonorreia, assim como a de outras infecções sexualmente transmissíveis, envolvem a prática de sexo seguro com o uso de preservativo nas relações sexuais, inclusive anal e oral.
Além disso, é importante sempre se atentar à situação de seus órgãos genitais para verificar a aparência, cor, textura da pele e se não há nenhum tipo de secreção estranha no local.
Caso note algum dos sintomas característicos da gonorreia, procure auxílio médico para o correto diagnóstico da condição e início imediato do tratamento, pois isso contribui para evitar a transmissão da bactéria para outras pessoas.
A melhor forma de se prevenir dessa e de outras doenças é manter um acompanhamento médico regular com a realização de exames de rotina para detectar possíveis alterações no organismo. Para mais informações sobre o assunto, entre em contato com o infectologista Dr. Marcello Jardim.
Fontes: