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Pielonefrite
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
6 min. de leitura

Conheça as causas, tipos, sintomas e como é tratada essa doença

 O que é pielonefrite?

A pielonefrite é uma doença inflamatória infecciosa, causada por bactérias, que afeta um ou ambos os rins. Ela acomete, mais precisamente, uma região chamada parênquima renal, onde se localizam as estruturas funcionais produtoras de urina e o bacinete (ou pelve renal), a porção dilatada do rim que tem o formato que lembra o de um funil. Sua função é facilitar o fluxo da urina pelos ureteres, para que ela seja armazenada na bexiga e depois eliminada pela uretra (canal que leva a urina da bexiga para a parte de fora do corpo).

A pielonefrite não é uma doença contagiosa, portanto, não há risco de contaminação de familiares ou pessoas próximas.

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Causas de pielonefrite?

Na maioria dos casos, a pielonefrite tem como causa um quadro de infecção urinária recorrente que não foi tratada. Em 90% dos casos, essa infecção é causada pela bactéria Escherichia coli, que vive habitualmente em nossos intestinos. Porém, quando ela penetra no organismo pela uretra, pode afetar os órgãos do sistema urinário, como uretra, bexiga e rins, levando a quadros de inflamação e infecção.

Porém, há outros fatores que podem estar envolvidos tanto no desenvolvimento quanto na piora da pielonefrite. São eles:

  • Anatomia feminina: por ter uma uretra mais curta e próxima do ânus, a mulher está mais sujeita a desenvolver infecções urinárias que podem afetar os rins;
  • Obstrução no trato urinário: pedra nos rins, gravidez, malformações anatômicas, uso prolongado de cateteres urinários e aumento benigno da próstata são condições que favorecem a proliferação de bactérias que podem ficar alojadas nos rins porque elas dificultam o esvaziamento completo da bexiga;
  • Sistema imunológico debilitado: portadores de HIV, hepatite, diabetes ou pessoas que fazem uso de medicamentos imunossupressores podem ter o sistema imunológico mais enfraquecido e não conseguir combater as infecções de maneira ideal;
  • Doenças como bexiga neurogênica, rins policísticos e cistites de repetição também favorecem o desenvolvimento de infecções do trato urinário.

 Quais são os tipos de pielonefrite?

A pielonefrite pode ser dividida em três tipos.

Pielonefrite aguda não complicada

Na forma aguda não complicada, a infecção surge de forma repentina e intensa, desaparecendo ao fim de algumas semanas ou dias, após tratamento. É mais comum em mulheres jovens, sem antecedentes de doenças ou alterações na anatomia do sistema urinário. A principal causa desse tipo de pielonefrite é a bactéria Escherichia coli. Geralmente, os sintomas que surgem com mais frequência são febre alta, calafrios, náuseas, vômitos e dor lombar. A ardência ao urinar pode estar presente ou não. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em casa, sem necessidade de internação.

Pielonefrite aguda complicada

Este tipo de pielonefrite ocorre com mais frequência em pessoas diabéticas ou que apresentam obstrução do trato urinário ou bactérias resistentes aos antibióticos, e evolui com abscesso dentro ou ao redor dos rins, necrose da papila renal ou produção de gases dentro do rim (pielonefrite enfisematosa).

Uma das suas características é não apresentar ou apresentar pouca resposta aos antibióticos administrados. O paciente pode apresentar pequena melhora do quadro, mas sintomas como fadiga, mal-estar, falta de apetite e náuseas podem persistir por vários dias.

Pielonefrite crônica

É caracterizada por infecções bacterianas recorrentes e que não foram bem tratadas, o que provoca inflamação prolongada e progressiva no rim – quadro que pode levar à falência renal. Em pacientes que apresentam um quadro crônico de pielonefrite, os sintomas costumam aparecer em estágios mais avançados, ou seja, quando já existem lesões renais mais graves.

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Quais são os sintomas da pielonefrite?

Os sintomas mais comuns, tanto na forma aguda quanto na forma crônica da pielonefrite, são:

  • Febre e calafrios;
  • Suor excessivo;
  • Náuseas e vômitos;
  • Mal-estar;
  • Dor lombar e pélvica, no abdômen e nas costas;
  • Necessidade urgente de urinar;
  • Dor na micção;
  • Presença de sangue ou pus na urina;
  • Urina com aspecto turvo e odor desagradável.

Porém, existem algumas características que ajudam a diferenciar a pielonefrite aguda da crônica. Na forma aguda, os sintomas surgem assim que a infecção se instalou nos rins. Na pielonefrite crônica eles aparecem só quando a infecção está ativa. Por não apresentar sinais, a pielonefrite crônica pode causar lesões irreversíveis nos rins e evoluir para insuficiência renal grave, que pode resultar em necessidade de diálise.

Como é realizado o diagnóstico da pielonefrite?

Além da avaliação dos sintomas físicos e do exame clínico, o médico solicita também alguns exames que vão auxiliá-lo tanto para confirmar a presença da infecção quanto para identificar o agente infeccioso, orientando-o mais assertivamente na escolha do tratamento. Os exames solicitados são:

  • Hemograma completo: avalia o grau da infecção, caso ela esteja presente;
  • Urina tipo I: identifica a existência da infecção, o que é possível devido à presença de pus e sangue na urina;
  • Urocultura com antibiograma: identifica o agente infeccioso e orienta a conduta terapêutica.

A depender do caso, podem ser pedidos alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, o ultrassom e a ressonância magnética, solicitados para identificar anormalidades estruturais ou anatômicas no sistema urinário que representam risco aumentado de doença renal grave.

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Qual o tratamento indicado para a pielonefrite?

A pielonefrite é uma doença curável e deve ser tratada com medicamentos antibióticos. Inicialmente, o médico administra uma medicação mais abrangente para combater a infecção de forma geral, até que ele tenha em mãos o resultado do exame de urocultura, que demora cerca de dois dias.

Com ele, é possível indicar o uso de antibióticos específicos para combater o agente da infecção. Além disso, podem ser prescritos anti-inflamatórios, para ajudar a combater o processo inflamatório infeccioso, e analgésicos, para reduzir a dor.

Em casos mais específicos (pessoas idosas e com doenças associadas) pode ser necessária internação para que o paciente tenha um acompanhamento médico e que a medicação seja administrada por via intravenosa.

Especificamente nos casos de pielonefrite crônica, pode ser necessário submeter o paciente a uma cirurgia para correção de anormalidades anatômicas do sistema urinário que estejam sendo os causadores da infecção crônica nos rins.

Como cada caso é único, o ideal é que o paciente seja acompanhado por um especialista, para avaliação e orientação adequadas, pois além do quadro infeccioso, existem outros fatores que influenciam a conduta de tratamento.

Entre em contato e marque sua consulta com o Dr. Marcello Jardim, médico especializado em infecção urinária, HIV, sífilis, hepatites virais e doenças sexualmente transmissíveis.

Fontes

Manual MSD

Medscape

Oxford Academic

Mayo Clinic