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Herpes Zoster
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Entenda o que é a doença, como ela se manifesta, tratamentos e risco de complicações 

O herpes zoster, conhecido popularmente como cobreiro, é uma doença infecciosa provocada pelo vírus varicella-zoster, o mesmo que causa a catapora, doença mais frequente na infância. Já o herpes zoster é mais comum em pessoas acima dos 50 anos.

Mas, apesar de ser o mesmo vírus, tecnicamente o herpes zoster não é catapora. Seus sintomas, e mesmo as complicações que pode causar, são diferentes.

O herpes zoster também não tem a ver com o herpes labial ou herpes genital. As doenças são causadas pelo vírus da mesma família, Herpesviridae, mas herpes zoster e herpes são duas doenças distintas.

Quando o paciente se infecta com a catapora, o vírus permanece em latência (incubado) no organismo após a cura. Porém, ele pode se reativar em algum momento da vida, principalmente quando o sistema imunológico se encontra fragilizado, como nos casos de pessoas com HIV ou naquelas que fazem uso de algumas medicações imunossupressoras.

Ao ser exposto ao vírus varicella-zoster pela primeira vez, fato que ocorre comumente durante a infância, o indivíduo desenvolve a catapora, doença caracterizada por febre e erupções avermelhadas na pele.

Depois de algumas semanas de sintomas, o sistema imunológico é capaz de criar anticorpos, controlando a replicação do vírus, levando ao desaparecimento espontâneo da doença.

No entanto, a cura desses sintomas não significa que o vírus foi eliminado do organismo. Durante o período inicial da catapora, o varicella-zoster invade as terminações nervosas da pele, migrando para os gânglios, onde vai se manter por décadas.

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Como é a forma de contágio?

É importante ressaltar que não se pega herpes zoster, e sim o vírus varicella-zoster. O contágio ocorre por meio do contato com as feridas que se formam na pele (basta coçar ou tocar na lesão para haver risco de contaminação das mãos) ou por via respiratória.

Além disso, ninguém desenvolve herpes sem antes ter tido catapora. Uma vez infectada, a pessoa poderá desenvolver catapora, correndo o risco de desenvolver a herpes no futuro.

Quais os sintomas de herpes zoster?

Os principais sintomas de herpes zoster são:

  • Lesões cutâneas, geralmente localizadas e restritas a um lado do corpo. Outra característica dessas lesões é que elas seguem o trajeto de um nervo;
  • Ardência e coceira nos locais das lesões;
  • Hipertermia (aumento da temperatura corporal devido a uma falha nos sistemas que controlam a temperatura);
  • Dor de cabeça;
  • Mal-estar;
  • Dor intensa nos locais em que as lesões de pele se formaram;
  • Sensação de formigamento, agulhadas e adormecimento.

As lesões surgem de maneira gradual — levam de dois a quatro dias para se estabelecer. — As regiões mais comprometidas pelo herpes zoster são:

  • Torácica (53% dos casos);
  • Cervical (20%);
  • Correspondente ao trajeto do nervo trigêmeo (15%);
  • Lombossacra — região lombar e do quadril (11%).

Em pacientes imunodeprimidos, ou seja, que fizeram transplante e tomam medicamentos imunossupressores, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente, disseminadas.

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Herpes tem cura?

Geralmente, o herpes zoster se cura espontaneamente entre duas e quatro semanas. Porém, a doença pode causar complicações. Por isso, é preciso ficar atento caso as lesões tenham desaparecido, mas a dor local persista, pois isso pode ser um sinal de:

  • Neuralgia pós-herpética (NPH): a condição pode impactar negativamente a vida da pessoa, trazendo incômodos e dores muito intensas. Segundo o Ministério da Saúde, a NPH se manifesta por dor persistente de quatro a seis semanas após a erupção cutânea e é mais frequente em mulheres.
  • Infecção bacteriana secundária de pele, como impetigo, abscesso, celulite, erisipela, infecções causadas por Staphylococcus aureus, por Streptococcus pyogenes, entre outras, e que podem levar a quadros de sepse, com artrite e pneumonia.
  • Síndrome de Ramsay Hunt, que é quando o herpes zoster acomete a face.

É importante ressaltar que o herpes zoster pode voltar mais de uma vez, embora, geralmente, a pessoa tenha somente um surto de herpes zoster no decorrer da vida.

Qual tratamento para herpes?

O tratamento do herpes zoster é feito com o uso de analgésicos e antivirais — esses devem ser iniciados assim que houver suspeita de herpes zoster e, se possível, antes de aparecerem as bolhas. — Essas medicações costumam ser mais ineficazes quando iniciadas mais de três dias depois do aparecimento das lesões. O objetivo não é curar a doença, mas aliviar os sintomas e reduzir seu tempo de duração.

Nas lesões de pele, é recomendado que a higienização do local seja feita com água e sabão. Tomar banhos frios ou frescos e fazer compressas úmidas nas regiões das lesões podem ajudar a aliviar a coceira e a dor.

No caso de infecções secundárias, o tratamento deve ser feito com antibióticos, que combaterão as bactérias.

Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas secam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em duas a quatro semanas.

Vacinas

Atualmente, existem dois tipos de vacinas que combatem o herpes zoster:

  • Vacina viva atenuada: recomendada para pessoas a partir de 50 anos, é administrada em uma única dose. Pessoas que apresentaram quadro agudo de herpes zoster devem aguardar o intervalo de 12 meses antes da aplicação da vacina. A vacina é indicada a partir dessa idade porque nessa fase o sistema imunológico vai ficando menos potente — condição que tende a se acentuar após os 60 anos —, o que torna a pessoa mais suscetível à manifestação do herpes zoster.
  • Vacina recombinante inativada: pode ser tomada por pessoas a partir de 50 anos e para as imunossuprimidas com mais de 18 anos. É administrada em duas doses, com intervalo de oito semanas. Esse tipo de vacina pode ser aplicado após seis meses do quadro agudo da doença, ou, em casos específicos, logo após a sua cura.

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Infectologista para o tratamento de herpes zoster

Por se tratar de uma doença infecciosa, o herpes zoster deve ser tratado pelo infectologista, especialista que diagnostica, previne, trata e faz o acompanhamento do paciente com herpes zoster.

Somente esse profissional pode dizer qual o medicamento mais indicado, assim como sua dosagem correta e a duração do tratamento, e recomendar medidas para alívio dos sintomas. Assim, evita-se as complicações que a doença pode vir a causar.

Para saber mais sobre herpes zoster e seus tratamentos, marque uma consulta com o Dr. Marcello Jardim.

Fontes:

Ministério da Saúde

Manual MSD