Medicamentos são fundamentais para manter a qualidade de vida dos pacientes que convivem com o vírus HIV
O HIV é um vírus transmitido principalmente por via sexual e é responsável por provocar uma doença grave e ainda sem cura: a aids. Para evitar que ele se reproduza no organismo, existe uma série de medicamentos ofertados ao paciente, que compõem o chamado coquetel antiaids.
Saiba mais sobre essas medicações e sua importância continuando a leitura deste texto.
Agende uma consulta com o infectologista Dr. Marcelo Jardim.
Índice
O que é o coquetel antiaids?
O coquetel antiaids é um combinado de medicamentos que tem o objetivo de evitar que o vírus HIV se reproduza no organismo e enfraqueça o sistema imunológico do corpo, o que aumenta o risco de o paciente contrair infecções e desenvolver aids.
Como funciona o coquetel antiaids?
O especialista em HIV desenhará um plano de tratamento para cada paciente. Alguns remédios devem ser tomados com o estômago cheio, outros com o estômago vazio, porém, todos precisam ser administrados todos os dias. O médico também indicará qual o melhor horário para a tomada da medicação, horário esse que deve ser seguido à risca, assim como as dosagens.
Quais são os tipos de medicamentos no coquetel antiaids?
Mais de 20 medicamentos antirretrovirais, de diversas classes (inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa, inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa, inibidores de protease, inibidores de fusão e inibidores da integrase), compõem o coquetel antiaids.
O coquetel antiaids combina ao menos três medicamentos, que devem ser de pelo menos duas classes diferentes. A escolha de quais medicamentos irão compor o coquetel contra aids e sua dosagem variam de acordo com as condições do paciente no início do tratamento e podem mudar durante o processo.
Quais são os benefícios do coquetel antiaids?
O principal benefício do coquetel antiaids é evitar que o vírus HIV se replique no organismo, afetando o sistema imunológico do paciente. Assim, evita-se que infecções, muitas vezes graves, acometam o indivíduo e agravem seu quadro de saúde.
Efeitos colaterais comuns do coquetel antiaids
Toda medicação, seja ela para tratar qualquer condição de saúde, pode ter efeitos colaterais. Com o coquetel contra aids ocorre o mesmo, em razão da variedade de medicamentos utilizados. Assim, é comum os pacientes apresentarem:
- Diarreia;
- Vômito;
- Manchas pelo corpo.
- Insônia;
- Agitação;
- Mal-estar.
Esses efeitos são temporários e o tratamento não deve ser interrompido.
Como começar o tratamento com o coquetel antiaids?
Antes de iniciar o tratamento, o infectologista avaliará a disposição do paciente para o tratamento, seu estado geral e os resultados apresentados nos exames. O tratamento deve ser feito diariamente para que seus benefícios sejam alcançados.
Perguntas frequentes
Quando um paciente recebe indicação para iniciar o tratamento com o coquetel antiaids, muitas são as dúvidas que podem surgir. Vamos então esclarecer algumas delas.
O coquetel antiaids pode curar o HIV?
Não. O que o coquetel antiaids faz é impedir que o vírus HIV se multiplique no organismo, diminuindo a carga viral, ou seja, a quantidade de vírus que circula pelo corpo e que, quando alta, coloca o paciente em risco.
Quanto tempo uma pessoa com HIV precisa tomar o coquetel antiaids?
O tratamento com o coquetel antiaids deve ser feito por toda a vida, pois a aids é uma doença grave e ainda sem cura.
Quais são as chances de falha no tratamento com o coquetel antiaids?
Estima-se que as chances de falha no tratamento sejam de cerca de 16%. No entanto, esse risco é cada vez menor quando o paciente faz uso correto das medicações, conforme orientação do infectologista.
Quando o tratamento não é seguido, o vírus HIV se tornará mais resistente aos medicamentos, levando à falha do tratamento e à necessidade de trocar as medicações antirretrovirais. A cada troca, diminui a quantidade de antirretrovirais que o médico pode receitar para combater o HIV no organismo.
Quais são os sinais de que o tratamento com o coquetel antiaids não está funcionando?
Durante todo o tratamento com o coquetel antiaids, o paciente deve realizar periodicamente acompanhamento com o seu médico e fazer exames para avaliar sua carga viral. Se ela estiver alta, significa risco aumentado para as infecções oportunistas, como pneumonia e alguns tipos de câncer. É importante que o paciente fique atento quando infecções como candidíase ou pneumonia surgirem.
Fontes